A depressão pós parto pode ocorrer já no início do pós parto, geralmente já nas primeiras quatro semanas. Os sintomas costumam ser: fadiga, mudanças no apetite ou no sono, humor disfórico, perda de interesse em atividades prazerosas, agitação psicomotora, pensamentos recorrentes de morte e suicídio, sentimentos de desvalorização ou culpa (especialmente de falha na maternidade) e excessiva ansiedade pela saúde da criança.
A psicose pós parto é uma síndrome pós parto mais severa. Geralmente começa nas primeiras três semanas pós parto e frequentemente em apenas alguns dias pós parto. Muitos episódios estão relacionados a transtorno bipolar ou depressão. Os sintomas incluem desilusão, alucinação, rápidas variações de humor, indo de depressão para irritabilidade e euforia, distúrbios do sono e pensamentos obsessivos sobre o bebê. O risco de suicídio na psicose pós parto é alta (até 5%) e até 4% podem tentar infanticídio. A psicose pós parto é uma emergência psiquiátrica que geralmente requer hospitalização.
Desordens de humor pós parto são comuns, afetando 40% ou mais das mulheres. O risco de hospitalização psiquiátrica nos primeiros três meses de pós parto é sete vezes maior do que em outras fases da vida da mulher.
A terapia tradicional envolve antidepressivos e psicoterapia.
Estudos já demonstraram que o humor materno no pós parto pode ser influenciado pela queda abrupta de progesterona. Dessa maneira, passou-se a estudar o papel da progesterona na depressão pós parto e constatou-se que havia diminuição significativa dos sintomas desta síndrome, quando era utilizada. Outra grande vantagem é que o seu efeito é percebido em minutos ou horas após a sua aplicação, com a melhora dos sintomas, e 95% das mulheres responderão positivamente ao tratamento. Vale lembrar, é claro, que nem sempre essa abordagem substituirá a necessidade de psicoterapia ou antidepressivos.
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